quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Pequeno Poema (sem título)

"O ar fresco da manhã enche nossos pulmões.
O grupo se reúne para a partida.
Em uníssono entoa as orações,
Pedem com fervor a proteção divina.
O ronco dos motores ecoa, motos impacientes...
A estrada é longa...
Ansiedade para desbravá-la em todos presentes.
Partimos.
O cheiro do mato, o cheiro da estrada ainda molhada
Do orvalho caído na madrugada,
Enchem-nos de alegria. Estamos vivos.
Descortina-se o palco da vida: o canavial, o trabalhador,
A casinha perdida na paisagem, um homem em seu labor.
Os pássaros voando, o gado inerte como peças de porcelana.
O açude, o aroma da água doce evaporando.
O calor dos motores quentes se mistura com o mormaço do asfalto,
Não pensamos no cansaço.
Sigo em frente devagar, agora solitário;
Passam motos velozes...
O canário, o galo-de-campina, as garças voando em formação.
Cenários indescritíveis enchem de alegria o coração.
As motos velozes passam.
Mas, os motociclistas em alucinante corrida (sangue aditivado, óleo a ferver)
Passam pela paisagem sem nada ver..."

Abraços.
Ridalvo - ridalvo.arruda@hotmail.com
(MC Tigres do Asfalto - João Pessoa - PB)

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